Neuroeducação

Publicação 7 de dezembro de 2008 pág.8
São Paulo Leste – Gazeta Penhense
Neuroeducação




       Aprender, conhecer, mas acima de tudo ter o poder de entender e interpretar faz de uma criança e, sobretudo um adolescente se sentir capaz de organizar o mundo o qual pertence. O que antes diante de um intelecto era privilégio de poucos, hoje a ciência mostra que a teoria das possibilidades desvenda e oferece condições a todos aqueles que por uma determinada razão não assimilavam os modelos  os quais lhes foram oferecidos; contudo hoje a crença do saber pode ser vista com olhares diferenciados principalmente explorando inteligências que por muitos anos foram esquecidas devido uma sociedade como um todo ser excludente, permissiva e preferir modelos educacionais prontos.
      O desafio do novo século é proferir para a sociedade, crianças que possam ter algum distúrbio de aprendizagem,serem tão produtivos para atuar no mercado, tanto quanto as crianças cuja sociedade diz serem normais.
           Especialistas que acreditam e provam que parcerias como Medicina e Pedagogia juntas trabalhando para o desenvolvimento do cérebro apresentam resultados gratificantes e significativos para a ampliação do cognitivo.
A escola não somente a inclusa, entretanto a participativa e ativa nos novos  desafios pedagógicos pode ser capaz de enfrentar os problemas com o cognitivo auxiliando-se das técnicas da neurociência fundamentando a neuroeducação que proporciona e aumenta as ferramentas da aprendizagem significativa.
Para que os resultados possam ser atingidos como vem sendo apresentado nesta nova perspectiva a escola deve preparar o corpo docente  para enfrentar desafios pedagógicos de  alunos com problemas específicos; já que as universidades não preparam os futuros professores para operarem nas dificuldades de aprendizagem. Os cursos de licenciatura oferecem metodologias de ensino como base para o docente interagir. Técnicas de ensino de como interagir o aluno para uma determinada característica comportamental em sala de aula para obter uma determinada atenção, algumas horas do ensino da psicologia porém, nada como observar as funções neurais ou seja, se o aluno não aprende é porque no julgo de quem avalia torna o aluno incapaz e assim o descarta e se perde toda possibilidade de existir um distúrbio ou um déficit ou até mesmo um transtorno para ser estudado.
         É um assunto muito polêmico que deve ser observado com atenção, pois estamos tratando de vidas a serem construídas e que precisam ser organizadas e integradas para uma colocação na sociedade e não simplesmente dizer este ou aquele não tem jeito. Portanto a educação tem que direcionar este conhecimento específico seja a única preocupação.
          O professor não necessariamente precisa ter estas devidas competências em analisar especificamente áreas do cérebro contudo deve possuir um mínimo de conhecimento sobre o assunto para poder encaminhar aos especialistas.
           A fundamentação da neuroeducação propõe novos paradigmas para a educação por proporcionar intervenções e conexões em áreas do conhecimento e quando desenvolvido este trabalho a criança ou adolescente poderá atingir suas expectativas ou ainda ser encaminhada a outros especialistas  e provavelmente não serão mais tão excluídos por escolas despreparadas que forma incapazes de detectar problemas desta natureza e julgam os alunos como um processo de escolha”esse sim, este não”.
          Aprovar ou reter é muito complexo avaliar é mais ainda e, como pode um professor sem ferramentas necessárias julgar a complexidade do cognitivo humano diante de tantas informações e tratamentos é tudo muito subjetivo. Por isso a escola é um corpo onde soma um conjunto de profissionais competentes para atender os quesitos necessários para a aprendizagem mais humana e produtiva auxiliando os pais, preparando-os também para uma parceria juntamente com a escola enfrentar desafios.
          Deste modo novos conceitos para educação devem ser definidos com probabilidades de construção e a escola não pode mais ser obsoleta não pode ser mais o modelo pronto que se compra em “supermercado” deve ser discutido e analisado junto com a sociedade para uma nova concepção para haver a conscientização do que podemos fazer com as crianças e com os adolescentes que estão diante destas condições tão esclusas e que a medicina não julga como doença e a escola não julgam como inclusão, mas é realmente uma questão que deve ser observada e estudada para que ninguém fique a margem e nem excluído do saber.
         Portanto trata-se de um conjunto de fatores que propõe resultados gratificantes e que poderá não somente continuar auxiliando a aprendizagem para o adolescente, mas que a neuroeducação se torne veículo fundamental para novas conquistas e fonte de pesquisa.
          Se estamos no mundo globalizado que nos direciona para o mundo das máquina e temos que correr para operá-las ou, caso contrário elas próprias nos excluirão e a nossa condição humana cada vez mais ficará comprometida por tais exigências deste atual contexto e por sua vez acabamos nos esquecendo de cuidar desta máquina fabulosa que há dentro de nós o nosso cérebro.
Prof.Emilia Queiroz

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